FZD APRESENTA: o tesouro dos piratas!!!

YO-HO-HO, UMA GARRAFA DE RUM! Com mil raios e trovões, o marujo que confessar nunca ter alugado/comprado em camelô/baixado um game pirata para seu videogame de 8 e 16 bits merece ir pra prancha! Caros leitores mandriões de primeira viagem, estamos falando daqueles jogos belíssimos, de capa suspeita feita de qualquer jeito e vendido nos piscinões de papelão dos melhores magazines de importabandismo, aqueles mil clones suspeitos de Street Fighter e Mortal Kombat pro Nintendinho & similares, prometendo na capa uma tripulação de TRINTA A CINQUENTA LUTADORES, todos repetidos e com cores trocadas! Com comandos ótimos que faziam seus dedos se encherem de bolhas e sua paciência afundar no Triângulo das Bermudas! Bons tempos aqueles em que o Sonic aparecia nos videogames da Nintendo por fora da lei…bons tempos que não voltam mais…

Vez ou outra, era uma cópia-carbono com os sprites dos personagens trocados e uma cara-de-pau do mais fino ébano (como o caso do Megaman pra NES que foi feito reaproveitando o jogo do Darkwing Duck), ou uma vagabundagem feita em casa com os mais avançados métodos de gambiarra (caso dos impagáveis Top Fighter do Mega Drive e King of Fighters 2000 Special do SNES), ou um somatório dos dois (Super Mario World do Mega, um game tão cagado que merecia até ser exposto numa Bienal). Mas não importa: pra você marujo gamer que ia alugar suas fitas no sabadão de tarde depois que todos os bons jogos já foram rapinados na locadora da esquina, era o que sobrava, invariavelmente ao lado das caixas do Stunt Trax FX e da adaptação do Ultraseven.

Por isso, caros marinheiros de água doce com adoçante, embarquem nesse carrossel, onde o mundo faz de conta a terra é quase o céu, ops, embarquem no nosso galeão e vamos lá encher a cara de rum, deflorar as virgens com cheiro de peixe, arrumar brigas nos portos, trocar insultos com Guybrush Threepwood, driblar a RESSEYTA FEDERAR e procurar por mapas de tesouros nos piratões mais queridos de nossa vida de diversões eletrônicas.

E VAMOS LÁ QUE VAI COMEÇAR A BAIXARIA A PIRATARIA!

A gerência do Fliperama do Zé Doido informa: nossa casa de jogos apoia todas as iniciativas que incentivem a pirataria de jogos por downloads, cópias zoadas, camelôs e destravamento de videogames. Quem discordar vai apanhar na bunda e levar um combo de 9999 hits. DIREITO AUTORAL É PROS FRACOS! NUM GUENTA BEBE LEITE!

NES: O QUE A FALTA DUM STREET FIGHTER NÃO FAZ

Mari Street Fighter III

Tubarões me mordam, quem que fez isso? A paternidade de Mari Street Fighter III é um mistério, o que faz desse título o primeiro game de Nintendinho menor abandonado de nosso país, o único a cumprir pena na Febem.

Com mil raios e trovões? Sim, é o que você está lendo: um Street Fighter piratão no qual você pode jogar com nosso considerado Mario Mario junto com o resto do elenco dos Lutadores de Rua.  Basicamente, pegaram o Street Fighter III pirata, deram um verniz ÓTEMO nos gráficos (todos com a mesma palheta de verde-limão pinkfloydiano e de vermelho desbotado de goiabada diet importada do Paraguai), seguido dum sistema de comandos que beira a perfeição: dê o comando do Baduken e a placa-mãe de seu Dynavision 3 Radical pifa soltando faíscas. Mas o melhor ainda é a tela de seleção de lutadores: nada menos que CINQUENTA E SEIS pra você escolher. APRENDE, TEKKEN 6! Lógico que são sempre os mesmos, estão lá apenas Ryu, Ken, Chun-Li, Blanka, M. Bison em várias cores e figuras quadradas! Puto de raiva, você terá ganas de fincar o controle-bumerangue de seu Hi-Top Game na TV e gritar, em alto e bom som: MEU NOME É ÉNEAS, 56!

Avaliação FZD: Mari Street Fighter III não é de todo ruim, pois há muitas coisas legais e divertidas que o cartucho pode te proporcionar: calçar o pé da cama, ser utilizado como projétil em brigas de torcida com o estádio lotado, ser derretido no microondas para postar o vídeo no YouTube, se transformar num poema concreto, etc. Vai da criatividade de qualquer um.

Curiosidades Curiosas: Mari Street Fighter III foi um dos poucos games ilegais que foi resenhado na maldita já vai tarde e que não volte mais saudosa Ação Games, mais precisamente na edição 28 de fevereiro de 1993 (aquela com os Tiny Toons na capa). Caramba, hein, justamente na revista que mais fazia campanha contra os pirateiros (em todas as resenhas, quando o game era falso, eles vinham com um lance de pirata sem-vergonha)? O mundo dá voltas, já cantavam os poetas do CPM 22!

Street Fighter III

Tubarões me mordam, quem que fez isso? Uma softhouse obscura chamada apenas de Yoko Soft, que também assinou outros clones de SF no 8 bits da Nintendo, no mínimo uma fachada para um grupo de coreanos ensandecidos escondidos no quintal de alguma pastelaria.

Com mil raios e trovões? Não, não é o lendário Street Fighter 3 que tinha o Sean, aquele brasileiro com pinta de imigrante ilegal e a Elena, capoeirista cheirosa que só ela! Aliás, esse aqui surgiu SÉCULOS antes do crássico da Capcom. É uma adaptação para os 8 bits do Street Fighter II- The World Warrior, com apenas nove lutadores (Ryu, Ken, Guile, Blanka, Chun-Li, Sagat, Dhalsim, Vega e Bison) e, com, pasmem, um cenário exclusivo, feito só para essa versão e outros similares, que é o da Chun-Li: a varanda dum templo japonês, que é um dos símbolos do game. UAU, EU ESCUTEI A AGULHA CAINDO DO OUTRO LADO DA SALA! Caramba, os piratas capricharam, hein? Fora isso, é só uma transposição do crássico SFII, com as limitações técnicas do Nintendinho, que acabou servindo de mole para as outras variantes de SF, como o Mari Street Fighter.

Avaliação FZD: e não é que esse game foi um tiro no escuro que acertou no cu do tatu? A rapaziada das locadoras adorava, os camelôs vendiam bem e, tirando a caixa de marimbondos epiléticos que era o som, a jogabilidade não era das piores! Os golpes saíam muito bem, a dificuldade e a velocidade se customizavam como nos arcades e dava até pra tirar uns duelos em 2 jogadores! Contabilizando tudo, Street Fighter III pirata acabava sendo melhor que muito jogo com o selo Capcom de ganância tacanha! Melhor que o Street Fighter II do Master System! Ó O FUMO, CAPCOM MUXIBA! A PIRATARIA COMPENSA!

Curiosidades Curiosas: tinha até um truquezinho pra te ajudar na hora do aperto: em qualquer momento do game (até contra o Bison), pause a bagaça e aperte pra cima + start que a barra de energia de seu inimigo é inteira consumida, bastando uma pancada pra matá-lo! Eita cheat desonesto, hein? Dá pra zerar o piratão em questão de minutos!

Street Fighter IV

Tubarões me mordam, quem que fez isso? Novamente, as produtoras fantasmas de fundo de quintal! Desta vez, é uma tal de Gouder Co.. O pior de tudo é que Street Fighter está apenas no título, pois o game não tem nada a ver, nem nos cenários e nem nos lutadores! Talvez seja um SF vindo de algum mundo paralelo e que caiu aqui por engano em alguma banca de camelô!

Com mil raios e trovões? Esse jogo é dos enigmas mais insolúveis da humanidade, mais misterioso que os moais da Ilha da Páscoa e do que a fórmula da Fanta Uva! Primeiro porque ele NÃO TEM ABSOLUTAMENTE NADA A VER COM STREET FIGHTER! Tem um cenário que é uma cópia do cenário do Balrog (o cassino de Las Vegas com os carrões iluminados de néon), outro que é igualzinho à fábrica do Final Fight, e ainda outro que é aquele jardim japonês presente apenas nos SF piratas. Fora isso, tem alguns golpes copiados, mas os lutadores são completamente fora do cabo. Tem os clones Goho Li e Cliff (inspirados no Ryu), Rober e Pasta (um Ken mais magrelo e anêmico), Tracy e Bunny (duas coelhinhas da Playboy que lembram as piriguetes saltadoras do Final Fight), Stalong e Ranboo (dois Guiles sem camisa e sem vergonha na cara, que lutam num navio com bandeira da Grã-Bretanha!!!), Chunfo e Moon (dois Sagats anões) e os chefões Musashi e Conbon, dois samurais de armadura (valei-me, meu São Snake do Quixeramobim!). Com a diferença de que um dos últimos chefões você enfrenta no MEIO DO JOGO! Desgraça pouca é bobagem!

Avaliação FZD: cabe a pergunta: qual é a desse jogo, hein? E de onde eles foram tirar nomes tão “criativos”, hein? O mais divertido, contudo, é a tela do Player Select: repare nas expressões dos lutadores (todos iguais, mudando apenas um sorriso ou uma cara de mau) e aprenda a desenhar um mangá hentai. Os tentáculos estupradores e as máquinas safadas são por sua conta!

Curiosidades Curiosas: Goho Li & cia. Pirateada não apareceram nunca, em nenhum Marvel vs Capcom reciclado, mas imaginem como seria engraçado fazer um trio entre Phoenix Wright, Chunfo e Mustapha daquele jogo que mistura Cadillacs e dinossauros?  É platina na certa!

Fatal Fury 2

Tubarões me mordam, quem que fez isso? Uma tal de Cony Soft, falsificadora oficial dos games SNK para o Nintendinho, a serviço de Sua Santidade Mao Tsé-tung.

Com mil raios e trovões? Pois é: enquanto Fatal Fury 2 bombava nos arcades de 1993, mostrando que tinha calibre pra enfrentar muito Kombate Mortal e Lutador de Rua que se preze, por que os proprietários do Dynavision não podiam ter também a sua adaptação? Pense na boa intenção dos coreanos…e descubra porque o inferno é tão cheio de gente bem-intencionada! A versão 8 bits de Fatal Fury é praticamente uma conversão do Neo Geo, com os mesmos cenários (embora faltem alguns) refeitos com pixels queimados e sprites que somem e contando com praticamente todos os lutadores, dos irmãos Bogard à patota do Wolfgang Krauser. Tem até a Mai Shiranui sem o silicone! E os golpes especiais, então? Carregue a barra de especial e solte um choriúken de fogo nuclear nessa fita.

Avaliação FZD: o pior de tudo é que a tal da Cony Soft colocou assinaturas suas em TODOS os cenários, como que assumindo a autoria dessa bagaça! Muito bem, ainda bem que reconhece! De longe, Fatal Fury 2 é uma das piores armações já feitas pro Nintendinho! Feio, malfeito, quebrado, cheio de bugs, sem graça, com as BGMs e efeitos sonoros decalcados dos outros jogos pirateados, como anedota não serve nem como upgrade pra piada do não-nem-eu!

Curiosidades Curiosas: já viram o vídeo que abre a resenha? No final dele tem meio que um fix colocado pelos produtores, que serve pro caso dos gráficos darem pau. Epa, então quer dizer que desde o início os caras sabiam que esse cartucho dava xabu? Então porque que fizeram isso? É por essas e outras que o mundo não vai pra frente, viu! Maldita seja a Cony Soft ou o raio que o parta que ela seja, VAI PRO COLINHO DO CHAKAN!

Kart Fighter

Tubarões me mordam, quem que fez isso? Boa pergunta! A Nintendo com certeza não foi e até hoje deve estar no encalço do meliante que criou esse game pirata divertidíssimo. A inspiração pro Super Smash Bros.!

Com mil raios e trovões? Um jogo de luta estreando a turma do Super Mario, e que ainda por cima usa a mesma tela-título do Super Mario Kart! Quer coisa melhor? Eu se fosse a Nintendo premiava os pirateiros que inventaram esse jogo, porque ele é simplesmente genial! Pela INCELENTE qualidade dos gráficos (com direito a cogumelos fálicos em formato erótico, nuvens de algodão-doce de fim de quermesse e floresta de palitos de dente!), pela ótima grafia dos nomes (Mario como sempre vira Mari, Luigi é Luici, Yoshi é Yossy, etc, os programadores precisam urgentemente estudar na cartilha do Caminho Suave e fazer um curso de datilografia) e por aquela mania de entrar em loop ao final do jogo, típico dos games do NES sem final, Kart Fighter rende uma tarde de jogatina, especialmente naqueles sábados chuvosos após o programa do Raul Gil.

Avaliação FZD: não dá pra resistir: CHUUUUUUUUUUUUUUUUUUPAAAAAAAAAAAAAA, NINTENDOOOOOOOOOOO! Bem que deveriam ter feito sequências pro Kart Fighter ao invés do Super Smash Bros, hein? Junto com SFIII, Kart Fighter faz parte daquela categoria de piratas que conseguem incrivelmente ser melhores que muito original por aí (vide Hotel Mario no CD-I da Phillips), além de compensar a falta de jogos de luta pro NES. O único porém é que os heróis estão muito magros, é o único título da série em que Mario, Toad e Bowser não apresentem seu físico de comedor de polenta com frango. Também, com um batente desses, nem o pão com ovo e o marmitex da padaria da esquina são suficientes!

Curiosidades Curiosas: é nesse game que você descobre os nomes verdadeiros da tartaruga e do Toad! Revelação bombástica: o Koopa Trooper se chama Nokonoko e o nome de batismo do cogumelo marrento é KINOPIO! SANGUE DE SHAO KAHN TEM PODER! O mundo vai mudar depois dessa notícia! De qualquer maneira, melhor do que se chamar Goho Li, Pasta, Chunfo, Stalong e outros nomes inglórios pra personagens videogamísticos.

MASTER SYSTEM: SÓ NO BRASIL MESMO!

Pokémon Master

Tubarões me mordam, quem que fez isso? Na tela principal diz que a é a Sega, mas a única softhouse do mundo com necessidades especiais não consegue *alerta de humor negão afrodescendente* se enxergar nessa gambiarra.

Com mil raios e trovões? Pokémon no Master System, o videogame mais falido, azarado, endividado e esquecido do Ocidente, que só fez sucesso aqui na terrinha do Cabral? Mas é lógico que ia terminar em criancinhas japonesas tendo convulsões! Olhando com mais atenção, trata-se dum clone de Psycho Fox com os gráficos trocados, botando o eletrificado Pikachu no lugar da raposinha corredora da São Silvestre. Os ovos do game original, que serviam para esconder os itens, agora são aquela maravilhosa engenhoca pós-moderna chamada pokébola! O monstrinho que você arremessava nos inimigos foi substituído pelo chorão do Togepi! E, no lugar dos outros animais que ajudavam a raposa corredora, botaram os compadres Charmander e Psyduck. Mas o melhor ainda está por vir…

Avaliação FZD: …ESSE JOGO NÃO TEM O ASH! UHUUUUU! GLÓRIA A SEPHIROTH, ALELUIA! O maior dentre os cabaços do mundo dos videogames foi limado dessa sequência safardana não licenciada. Nota dez! Este game merece o hall da fama do FZD!

Curiosidades Curiosas: o mais bizarro disso tudo é que esse jogo foi hackeado produzido num país muito, muito distante na América do Sul, famoso pelas suas mulatas de coxas rebolativas, seus políticos de honestidade a toda prova e seus clones diversos do GameBoy com Tetris bizarros na memória! Mas que país é esse, Tio Zé? É a Argentina? NÃÃÃÃOOOO! É a Guiana Francesa? NÃÃÃÃOOO! É o arquipélago de São Cristóvão e Névis? NÃO, CARAIO!!!!! Faça como o legendário menestrel dominical Galvão Bueno e cante a plenos pulmões: ÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ DOOOO BRAAAAAAASIIIIIIILLLLL, IL, IL!!!! E quem disse que nosso país não tinha uma indústria de games? Ó O FUMO, TEC TOY!

MEGA DRIVE: DO IT YOURSELF GAMES!

Super Mario World

Tubarões me mordam, quem que fez isso? Fruto duma gravidez indesejada, como diz a descrição do vídeo no VocêTuba, certo dia o Super Mario World original o Chip n’ Dale do NES (Tico e Teco) tomaram umas biritas a mais e terminaram a noite no Motel Anonimatus by Night. Nove meses depois tínhamos essa criatura mutante que, abandonada pelos pais no Conselho Tutelar, foi recusada até pelo Professor Xavier.

Com mil raios e trovões? Bom, os gráficos e telas foram copiados do Super Mario All-Stars (SNES), especialmente do remake do Super Mario 1. Mas a engine não tem nada a ver, pois Mario não pega mais cogumelos alucinógenos e flores de fogo, pelo contrário, ele fica erguendo caixas e arremessando as dita-cujas nos inimigos, além de recolher umas moedas azuis. Sim, um casamento entre Mario e a engine péssima do jogo do Tico & Teco pro Nintendinho, que só poderia terminar mesmo em divórcio litigioso. Mas o mundo do Mario vai só até a terceira fase, porque depois ele cai dentro duma floresta lisérgica (hein?), sendo atacado por chuveiros demoníacos! É sério! Deveriam pegar essas duchas e levar pros bárbaros anti-higiênicos do Golden Axe, porque o futum da Tyris Flare tá que tá! O Cascão deve ter platinado!

Avaliação FZD: além de combinar elementos do Super Mario e botar uma engine genérica de jogos de plataforma, podemos dizer que esse Super Mario World pro Genesis é um game feito a partir do zero, sem copiar nenhum outro, um jogo artesanal e feito nas coxas! Ótimo pra ser vendido em feiras de artesanato entre uma bolsa de crochê e uma cumbuca de barro. Videogame também é arte…especialmente em se falando de piratas arteiros!

Curiosidades Curiosas: últimas notícias do divórcio: Super Mario pegou todos os bens de Tico & Teco e ainda mandou pagar uma pensão milionária pro coitado do Mario Piratão! O game pirata foi criado pela avó e passa bem, sendo hoje uma celebridade entre os downloads de roms ilegais!

Top Fighter 2000

Tubarões me mordam, quem que fez isso? Um grupo de piratas somalis que aterrorizam as costas africanas e que, depois de roubarem muitas cargas de videogames contrabandeados, resolveram criar o seu próprio jogo e despejá-lo nos mercados de Hong Kong, Cingapura e no boulevard 25 de Março & similares.

Com mil raios e trovões? Assim como o Super Mario World megadriviano, esse também é um jogo feito a partir de nada, que termina levando a lugar nenhum. Um jogo de luta a reunir os grandes briguentos da tradição das porradas eletrônicas, dentre eles Ryu (Street Fighter…dããã), Kyo Kusanagi e Iori Yagami (King of Fighters, o caso de amor mais duradouro dos videogames, o que o sangue de Orochi uniu ninguém separa!), Ryo Sakazaki e Robert Garcia (Art of Fighting, ou seja, a segunda divisão da SNK), Gesse Howard (tiazona véia do Fatal Fury e escada dos KOF), Goku (!) (da série de adaptações do Dragon Ball Z), Ciclope dos X-Men (!?!) (usando sobras do sprite do game Children of Atom), o ex-boxeador Muhammad Ali (!!QUÊ?) e o jogador de basquete Michael Jordan (!!!CUMA???). Pois é, um elenco mais “eclético”possível prum jogo de luta, capaz de fazer você escutar a agulha cair do outro lado as sala de novo!

Avaliação FZD: prum jogo de luta feito de qualquer jeito, até que Top Fighter se saiu muito bem! Os gráficos são relativamente bons, mas apenas as animações dos bonecos dos personagens, que foram chupinhados dos games dos 32 bits. Já os cenários parecem aquelas tranqueiras desenhadas que e tortas que a gente via nos piratões do NES. Os golpes são muito simples, os comandos são praticamente os mesmos para todos os personagens e são bem repetitivos, fáceis de memorizar. Dá até pra improvisar uns combos! Agora, o mais legal é a seleção dos lutadores…misturar Capcom, SNK, Bandai, Marvel Comics e mais dois esportistas reais se mostrou a fina flor da mistureba gamer, um verdadeiro desafio para o mais intrépido dos sais de fruta! Nós aqui estamos na torcida para que seja lançada uma atualização pro Top Fighter 2000, agora com novas figuras: Cebolinha, Naruto, Heihachi Mishima, Tiririca e, no time dos esportistas, o sensacional Ney Paraíba! Piratas, anotem nossa sugestão!

Curiosidades Curiosas: Top Fighter 2000 foi também adaptado pro Super NES, com o título infame de The King of Fighters 2000 Special!!! Com a mesma turma doida, com a diferença de que você podia formar times de três lutadores com os seus clones! Imagine um pega entre três Ryus de cores mortiças e três Kyos com amarelão? A versão do SNES é bem melhorzinha, até porque ela foi chupinhada do Street Fighter Alpha!

Super Donkey Kong 99

Tubarões me mordam, quem que fez isso? Caramba, acho que eu tô ficando velho…se eu sei que a maioria dos games piratas não tem créditos, porque diabos eu fico fazendo a mesma pergunta sempre, hein? Bom, de qualquer maneira, a dica desse piratão veio do leitor Sonozaki Bastard, abraço, cara, colabore sempre com nossas doideiras pro fliperama crescer feliz!

Com mil raios e trovões? O que aconteceria se Donkey Kong Country e seus gráficos em 3D fossem transportados pro Mega Drive, considerando-se as limitações técnicas do irmãozinho marrento do Master System? Um desastre, né? Não tem um jeito melhor de definir esse Donkey Kong embananado que arriscaram soltar pros 16 bits da Sega. Só uma colagem de fases dos três Donkey Kong (com ênfase no último), com os cenários alterados, o som em loop repetindo a música da fase de bônus do Mario e a física defeituosa, é daqueles jogos piratas impossíveis de se passar da primeira fase de tão descalibrado e mal-calculado em seus objetivos.  Dá pra ver que o coitado do processador do Mega fica quase engasgando pra gerar os gráficos. Pô, pirataiada, não sabe brincar não brinca!

Avaliação FZD: considerando todos os (de)méritos desse filho bastardo dos Kong, a pergunta que fica é: onde estão os outros 98 games da série? Por que chegou até nós apenas o último?

Curiosidades Curiosas: qual será a profissão de K. Rool nesse título? Palhaço?

SUPER NINTENDO: GOOOOOOOOOOOOOOLAAAAAAAAÇOOOOOOO!

Campeonato Brasileiro ’96 (também chamado de Futebol Brasileiro ou ainda Ronaldinho Soccer!)

Tubarões me mordam, quem que fez isso? Com o mesmo som e animação da Konami, alguns títulos tinham uma tal de Eagle Soft (com um BELÍSSIMO desenho duma águia desengonçada feito em Paintbrush de 486 velhaco) por trás do projeto, outras tinha o crédito duma produtora chamada “A Paixão pela Bola”. Bola murcha, isso sim!

Com mil raios e trovões? É apenas um clone de International Superstar Soccer com gráficos, textos e animações trocados, adaptado para as temporadas de futebol do Brasileirão de 96 a 98 (e tem até o escrete do Zagallo da Selecinha de 98!). Prepare-se, pois Itália, Alemanha, Brasil, Argentina, Espanha e outros viram Palmeiras, Corinthians, Santos, Flamengo, Cruzeiro, Fluminense, etc. Todos os textos do game estão em portunhol vagabundo de fronteira e a voz do locutor (“Adiantado! Lesionado! Campeonato Brassilenho nobenta e siete!”) parece a dum paraguaio muambeiro. O mais legal é que, se no jogo da Konami havia os times All-Star secretos, aqui eles foram alterados pras seleções clássicas, como a de 58, a de 70, a seleção do Tetra e outras mais.

Avaliação FZD: bom, os Campeonatos Brasileiros são as várias versões do International Superstar Soccer, né, que é um jogaço de pelota de várzea e não tem o que falar! Podendo-se jogar ainda com os times brasileiros, fica melhor ainda! O mais legal é que nesses games a seleção da Nigéria foi transformada no…UNIÃO SÃO JOÃO! Por incrível que pareça, até o time ararense já pintou no mundo dos games. Encha os seus pulmões e cante com alegria: “alviverde, são as cores, do maior dos meus amores…”

Curiosidades Curiosas: os piratas não aportaram só no Brasil visitando também a terra dos churros, do tango, do mate, do Jorge Luis Borges, do bife de chorizo e das mulé bonita: foi criado um clone argentino de ISS chamado Futbol Argentino, no mesmo esquema dos Ronaldinho Soccer, mas podendo jogar com Boca Juniors, River Plate, Racing Club, Vélez Sarsfield, as seleções de 78 e 82 e o combinado das Universitárias Suadinhas da UBA! EITA, NÓIS! O mais legal é que, na hora da animação da Konami, aparece um slogan otimista de “Argentina 98” (HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!). Confere aí embaixo:

Sonic 4

Tubarões me mordam, quem que fez isso? Alguém com um péssimo gosto pra games, no mínimo algum gato pingado fugido do Somari Team. Se é pra clonar um game, clone um decente, pombas!

Com mil raios e trovões? Pegaram o game do Ligeirinho (Speedy Gonzalez) pro SNES e botaram o Sonic no lugar da ratazana turbinada da Warner! Pra piorar, fizeram um marca-telas com o Mario preso dentro duma jaula, e basta você soltar o encanador e uma voz rouca começa a gritar “Mario! Mario!”. Fora isso, se você jogar o game do Ligeirinho junto com esse, pode reparar: do nada você pula fases pra frente, fases inteiras foram arrancadas do jogo original pra se fazer essa cópia falseta! Basta notar que, na primeira fase, depois de dois estágios, você enfrentar o chefe; daí, na segunda, o chefe ficou de fora; do terceiro mundo sobrou só a fase do meio. Os piratas praticamente desmancharam o game! CAI FORA, MACAUBAL!

Avaliação FZD: O jogo do Ligeirinho era daquelas fitas raras e obscuras que juntavam poeira no fundo da gaveta, que você volta e meia via sobrando nos tabuleiros de camelô. Um belo dia algum pirateiro bem-intencionado encontrou um daqueles dando sopa, comprou o dito-cujo, desmontou-o na garagem de casa e reprogramou o negócio enfiando uma batelada de bugs e glitches que não existiam no original. O melhor de tudo é a tela-título, um anúncio da Tec Toy (?) escaneado de alguma revista. PELO AMOR DE SEPHIROTH! Se é pra piratear, pirateie com crasse, pô!

Curiosidades Curiosas: de fato, o estilo do Speedy Gonzalez é claramente chupinhado do Sonic, com a diferença de que Ligeirinho corre tão rápido quanto uma lesma na cadeira de rodas. Depois de Campeonato Brasileiro, os pirateiros deram um belo chute na trave.

Mortal Kombat 2 ½

Tubarões me mordam, que que fez isso? O crédito ainda é da Midway/Acclaim, mas eles negam até a morte. De que adianta? O fatality vai ser doloroso e sem vaselina mesmo…

Com mil raios e trovões? É basicamente o mesmo Mortal Kombat 2 lançado pro Super Nintendo, com alguns poréns muito interessantes: desde o início, você tem à sua disposição TODOS os lutadores, incluindo os secretos (Jade, Noob Saibot e Smoke) e os dois chefões (Kintaro e Shao Kahn Vera Verão) para selecionar na tela player select. Agora não precisa de truquezinho besta pra acessar as lutas escondidas e nem de ouvir a maracutaia dos paieiros que falavam dum “código secreto” pra jogar com os chefes! Que maravilha, hein, torcida brasileira? Com a diferença de que, como os chefões finais e os secretos não foram programados para ser selecionáveis, os seus comandos ficaram simplesmente cagados, os golpes são poucos e nunca saem direito, os fatalities são só uns golpes especiais improvisados (mais xumbregas que Heroic Brutality do MK vs DC Universe) e o game trava facilmente jogando com um desses cabocros, às vezes congelando do nada. Aproveite essa modernura e jogue com a incrível Vera Verão do Outworld, o Imperador (hahahaha!) Shao Kahn, que pula menos que pipoca de microondas, com as lutas narradas por uma pobre voz sofrendo de laringite crônica!

Avaliação FZD: pra quem ama o jogo de luta mais menstruado de todos os tempos é um prato cheio de picanha malpassada com ketchup. Está tudo lá: fatalities, babalities, friendships, combos apelões, bicicleta do Liu Kang, magia congelante do Sub-Zero, gancho do Scorpion, chapelão laminado do Kung Lao, ofensas brabas à moral e os bons costumes…o bom é que os bugs e efeitos doidos dos erros do jogo, que muita revistinha achava que eram “efeitos especiais”, como fatalities que não estouravam partes do corpo, bonecos presos nos cantos do cenário e personagens com cores bisonhas, estão todos lá! Por essas e outras é que a freguesia do fliperama acha que Mortal Kombat 2 ½ deveria ser o primeiro pirata oficial da história dos games! Desbancava muito joguinho com selo de original licenciado na capa!

Curiosidades Curiosas: como trollagem pouca é bobagem, ainda colocaram no vídeo um vídeo da demo do Killer Instinct, e o duro é que o vídeo é oficial, daqueles que eram exibidos mundo afora nas feiras de games e que ganhavam a Internet nos tempos em que a rede ainda engatinhava! A Nintendo deve ter dado cria e arrancado todos os pelos do Pikachu! Louvados sejam os corsários que hackearam o MK2!

Menção Difamatosa: Somari (NES)

Tubarões me mordam, quem que fez isso? Dizem por aí que é um tal de Somari Team, sátira do Sonic Team e seus jogos estrelando um certo porco-espinho turbinado. Na verdade, Somari Team é o codinome dum grupo de prisioneiros chineses condenados ao trabalho escravo por se recusarem a comer carne de poodle ao molho de lagartas no jantar!

Com mil raios e trovões? Olhem bem para as imagens e pro vídeo aí de cima e sintam o drama: pegaram a estrutura do Sonic 1 do Mega (embora tenha uma fase do Master aí pro meio do game), transportaram pro Nintendinho de qualquer jeito, recriando os cenários e estágios que nem os respectivos narizes dos produtores de fundo de quintal e botaram o Super Mario Pereirão no lugar do solteirão de Emerald Hill pra correr que nem um Chevette velho e pegar argolas e esmeraldas pelo cenário. Com um fundo musical BÃO PRA MAIS DE METRO, cortesia da Orquestra Sinfônica Desafinada de Caixas de Marimbondo, capaz de causar sangramentos nasais, epilepsia aviária e mijo na urina em caso de exposição prolongada.

Avaliação FZD: Apesar de tudo, Somari não é um game ruim; ele precisa MELHORAR MUITO pra ficar ruinzão! De todos os games bucaneiros aqui apresentados, é de longe a maior das tranqueiras. Mas Somari ainda consegue ser melhor do que o nefasto Hotel Mario, esse sim a fina flor da vagabundagem, embora nem com reza brava pra São Snake você consiga passar da primeira luta contra o Dr. Robotnick.

Curiosidades Curiosas: Super Promoção Fliperama do Zé Doido Pirates Edition: quem conseguir zerar Somari sem usar continue e save state ganha inteiramente de grátis e sem pagar um centavo uma sensacional ROM do Street Fighter IV pirata pra jogar no seu emulador do NES! É a sua chance de jogar com aquela turma memorável de Chunfo, Goho Li e Stalong! Válida por tempo limitado, enquanto o Zézão aqui não mudar de ideia!

É isso aí, bucaneiros e marujos desse Brasil varonil! E que venham mais piratas de gráficos zoados e jogabilidade quebrada, COM MIL RAIOS E TROVÕES!

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3 respostas para FZD APRESENTA: o tesouro dos piratas!!!

  1. Paulo Aquino disse:

    Eu lembro de uma vez ter jogado um King of Fighters de Mega Drive, que me fez arrumar uma nova calça.
    Aquilo faz Double Dragon 5 parecer obra de arte! Dá furúnculo no cóccix!
    Sobre o Pokémon Master do sistema-mestre, pelo menos é melhor que o Sapo Xulé…

    Qual seria o seu “top five” pessoal das gambiarras mais porcas que você já jogou? Teve Mario Kart da Turma da Mônica? KKKKKKKKKKK

  2. Sonozaki disse:

    Somari…nunca joguei isso, mas ao ver screens e videos do dito jogo, vou continuar sem jogar. ugh.

    Hey! Eu cresci jogando o piratão Sonic 4! Ganhei de aniversário e pensava que era um jogo genuino para Super Nintendo! Só fiquei sabendo que era um piratão muitos anos depois através da maldita da internet. Estragou parte de minha infância. ;_;

    Um piratão dos bons que eu andei jogando foi Final Fight 3 pro NES. Tudo bem, o jogo tem umas limitações grotescas como só poder ter dois inimigos na tela (assim o multiplayer mais fácil que andar pra frente) e sprites de personagens que ficam numa epilepsia de tanto piscar. Mas fora isso, é muito bem feito! Os cenários, chefes, golpes, enfim, quase tudo está bem fiel ao original. Só a trilha sonora que ficou muito, mas muito tosca.

    As vozes digitalizadas do Ronaldinho Soccer são CRÁSSICAS. Ás vezes to vendo um jogo de futeba na TV e do nada escuto um grito de “PEERIIIIGO” na minha cabeça. aiuehaeihieauheaiuheaiuh

  3. Sonozaki disse:

    Só agora que percebi a referência ao Alborghetti na parte sobre o Sonic 4. GÊNIAL! AIUEHIAHIAEUHAEIUH

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